terça-feira, 24 de fevereiro de 2015


Como assim 118?


            Vi ontem no jornal O Estado de São Paulo que, entre os jogos de futebol do campeonato carioca, o último Vasco e Fluminense, teve 118 torcedores presos (50% destes com passagem pela polícia), sem direito a pagamento de fiança. Alguns tremendamente envergonhados e outros as gargalhadas por terem agredido torcedores do time adversário.
            Sinto-me ao mesmo tempo envergonhada e aliviada, não que queira desmerecer os dois times, de forma alguma, mas acho incompreensível as torcidas organizadas armarem emboscadas aos times adversários, e ainda influenciarem menores de idade, por isso o alívio por eles terem sido presos.
            Ao mesmo tempo, não posso falar que a rivalidade é só dos dois times, pois isso acontece em todo o Brasil e no mundo, e muitas vezes, as pessoas até já sabem quais os times que não se dão muito bem.
            Penso muito o porque das coisas terem chegado a esse ponto, é muito difícil responder se a culpa é realmente dos torcedores ou da policia despreparada em uma hora dessas. Acaba que um assunto vai alimentando o outro e não reconhecemos a causa do problema.
            Antigamente, o futebol era um esporte pacífico. Quando jogavam Corinthians e Palmeiras, todos os torcedores ficavam misturados, sem encrenca alguma. “Malditas torcidas organizadas”, alguns diriam. Meu pai, quando era mais novo, quase nunca perdia a oportunidade de ir ao estádio torcer pelo adorado time, além dele muitos amigos iam torcer também. Depois que eu nasci, ou um pouco antes mesmo, tudo começou, tanto é que, na minha vida inteira só fui duas vezes ao estádio.
            O pior dessa situação atual, é que você nunca sabe se a torcida vai estar tranqüila ou não, o que faz com que na maioria das vezes, alguns torcedores da velha guarda desistam de ir aos estádios e jovens fanáticos pelo futebol sejam super-protegidos.
            Fico imaginando como devem ser as vidas desses torcedores que saem na capa do jornal presos. Quase sinto pena deles, não devem ter uma vida boa, talvez problemas em casa, no trabalho e tentam despejar a culpa nos outros, dando socos de alívio, não só por agressividade. Aqueles que não ligam de serem presos, tenho um certo desprezo por eles, devem entrar na onda dos outros por vontade de bater, de agredir, de humilhar e muitos outros defeitos humanos.
            E estou cada vez mais preocupada em como essas coisas podem crescer, e ficar cada vez piores.



sábado, 7 de fevereiro de 2015

Quatorze fatos sobre mim


1- Vivo em “outro mundo” principalmente quando estou sozinha;
2- Minha cabeça é completamente nas nuvens ;
3- Sim, sou geminiana ;
4- Fotografar é uma das ações que mais me liberta ;
5- Quando está frio, gosto de ficar o dia inteiro embaixo das cobertas lendo um bom livro ;
6- A disciplina história nunca foi meu forte ;
7- `As vezes a timidez é mais forte do que eu, principalmente quando estou rodeada de pessoas desconhecidas ;
8- Pessoas que me conhecem pouco me acham calma ;
9- Sou extremamente impaciente ;
10- Gosto muito de ouvir música com meu pai, principalmente AC/DC (nossa banda favorita) ;
11- Na escola, sou muito distraída quando estou em classe ;
12- Mesmo não sabendo desenhar, gosto muito de desenhar pessoas deformadas ou estranhas ;
13- Treze é meu número favorito, parta do pricípio de que, como a maioria das pessoas que não gostam de filme de terror, tem um ligeiro arrepio quando aparece no calendário sexta-feira 13, comecei a gostar desse número por achar engraçado alguns terem medo dessa data ;

14- Fico feliz em saber que você chegou no 14.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Transporte coletivo


            Acontecimentos que nos fazem felizes no dia-a-dia, na maioria das vezes, são coisas  que para os outros não fazem o menor sentido, como um primeiro alegre comentário, aquela notícia que vai te deixar tremendamente contente e aquele vago bom dia que você da a seus pais ao sentar na mesa do café.
           Andar em um transporte coletivo não é só ir de um destino a outro, mas é também um modo de conhecer novas pessoas, e isso me deixa feliz.
            Quando subo no ônibus com destino a minha escola, sempre escapa de minha boca um “boa tarde” ignorado pelo motorista, mas mesmo assim continuo feliz de ter tido uma iniciativa de gentileza `aquele mau humor de meio-dia.
            O mesmo comentário é ignorado pela cobradora, ela mais calma folheia o jornal a procura da coluna de fofocas, esperando aquela notícia que vai deixá-la com as maçãs do rosto realmente vermelhas.
            Depois de passar a catraca, ao invés de sentar lá no fundão, como um cidadão normal, gosto de ficar na frente em pé, para poder observar tudo que se passa naquele ônibus.
            Senhoras batem um papo casual sobre o idoso abusado da casa amarela número 34.
            Uma mulher faz uma entrevista de emprego pelo telefone.
            Três homens comentam sobre o quanto estão viciados no aplicativo WhatsApp.
            Uma menina faz questão de ouvir uma música pop-brega no último volume.
            Um alguém de sexo indefinido conversa com sua amiga Juliana enquanto prende seu cabelo num coque.
            Uma moça, beirando seus 21 anos, no primeiro banco, dorme profundamente, percebo pelo seus roncos.
            Um homem com cara de coruja e olhos esbugalhados não para de me olhar.
            Mães novas com rostos tremendamente cansados acompanhadas de suas pequenas filhas.
            Chega minha parada, dou mais uma olhada ao meu redor e desço do ônibos, sabendo que amanhã, nesse mesmo horário essas pessoas continuarão ali.

            

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015


Ondas


            Você deve saber muito bem que sempre existem aquelas “ondas do momento”, seja uma gíria, um estilo de roupa ou aquela trilogia famosa que todo mundo da sua classe vai querer ler.
            Se alguém não quer fazer parte dessas “ondas”, tem sempre aquele apelido sem moral que é nomeado de: e-x-c-l-u-í-d-o, ou seja, não está incluído no momento.
            A cada “onda” tem uma rotatividade de papéis que não é muito grande, o excluído volta a ser excluído e o popular volta a ser popular. E aqueles que não se encaixam em nenhum dos dois? São os mais encrencados com certeza! São aqueles denominados de: n-a-d-a. Não são os excluídos, mas também não são aquela atração de circo, são na deles e seguem sua própria “onda”.
            Aliás, quem disse que existem ondas não é mesmo? As pessoas não podem ter o seu jeito? Tem que se preocupar com o que os outros pensam dela? Tem que ser idêntica a todo o mundo? Se fosse assim, só existiriam clones sendo reproduzidos pelo mundo e pronto!
            Por isso que, se um dia essa “onda” realmente acontecer, vou querer ser um nada, para poder ser eu mesma.